quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Causos

Minha família: minha mãe, eu e meus irmãos

O valor familiar


Pois é, terminou o Carnaval...

... e lendo o livro “Ciclos: de vida ou de morte, em qual deles sua família está?”, de Alexa Guerra, me botei a refletir sobre os valores familiares e o que eu perdi com minha saída de Uruguaiana. Em minha época de guri eu realmente tinha valores familiares e a coisa foi se perdendo, inclusive os exemplos deixados pelos meus avós maternos e pela mãe e o pai. Como decresci quando deixei de ser criança e virei um adulto...

Lembro, como se fosse hoje, de meu pai chegando do quartel, e de nós esperando pelo seu retorno. Lembro de minha mãe, como uma pessoa que se dedicava totalmente aos filhos e à família, e que ainda se dedica.

Em meu tempo de Uruguaiana era comum os pais serem recebidos com alegria pelos filhos, pais que passeavam conosco nos fins de semana e que iam em todas nossas atividades escolares. E como era legal ter a presença deles em qualquer dessas ocasiões. Nossos pais eram verdadeiros fãs e o aplauso e reconhecimento deles era a garantia de nossa felicidade. Por sermos muito moleques e travessos, nossos pais tinham que ser severos e duros para corrigir erros e nos disciplinar, ainda mais que meu pai era militar.

Recordo que esperávamos ansiosos para as ocasiões festivas como Natal, Dia das Mães e dos Pais e os fins de semana para todos estarem reunidos para comer a melhor das refeições – “a da mamãe”.

Era o Pai que me levava para pescar, jogar bola, bolita, dama, dominó, empinar pandorga e outras tantas diversões. E quando nos reuníamos com primos e irmãos para uma disputa de sapata, cinco marias, esconde-esconde e forte apache logo vinham as brigas, os brinquedos espalhados pela casa, a bronca da mãe, o choro, os risos, enfim uma fartura de vida.

Nossa casa era cheia de amor, de gente, contentamento, abraços, beijos e risos. Também tinha um jardim zoológico em nossa casa, ou seria um lar, com bichos variados: caturritas, papagaios, cachorros, galinhas, coelhos, tartarugas, gatos e até um graxain. Isso mesmo, uma raposa. E todos faziam parte, é claro, da grande família Machado Leite.

Tinha ainda um jardim botânico dentro do quintal, com plantas ornamentais e frutas variadas. Em nosso pomar tínhamos uva, pêssego, maracujá, goiaba, abacate, figo, laranja, limão, entre tantas outras.

Floricultura era o nosso quintal; fruteira, o nosso pátio. E até açougue, de vez em quando, tinha no terreiro lá de casa. E nas férias com toda a família unida, não importava se na roça, na beira do rio Uruguai ou na casa de algum parente, o importante era a reunião familiar.

Para nós, aí em Uruguaiana, o importante era estarmos juntos e isso fazia a vida valer à pena.

Mas, infelizmente, parece que não dei valor a isso e minha família vem se extinguindo. Sei que posso e devo reverter esse quadro, mas é preciso esforço e não só meu. Precisamos de uma auto-análise séria e rever os conceitos de família que a modernidade nos trouxe. Os valores hoje são outros, nos preocupamos tanto com quem está certo ou errado e nos esquecemos do que é certo e do que é errado.

Temos que dar um basta e parar com o ciclo de desunião que está se instalando dentro da sociedade e isso tem atingido profundamente os valores da família.

Até a próxima semana e fiquem com Deus.

“Feliz daquele que teme a Deus, o Senhor,
e vive de acordo com a sua vontade!”

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Causos



"Gato por lebre"

por Marco Leite

Hoje é Quarta-feira de Cinzas, dia 25 de fevereiro, 7h58min. Acordei cedo, pois não fui Carnaval, fiquei em casa descansando. Portanto, não estou com aquela ressaca carnavalesca. Mas foram quatro dias de total ócio, dedicados à gastronomia e isso inspirou meu artigo.

Me considero um churrasqueiro de mão cheia e excelente cozinheiro, principalmente da culinária campeira que aprendi ainda criança com minha mãe e minha vó, lá pelas bandas da costa do Uruguai. Não me aperto no preparo de nenhuma comida salgada, nos doces eu não me atrevo, deixo para minha mãe Dona Ione ou minhas irmãs, grandes doceiras.

Nos tempos de guri, em Uruguaina, sempre ajudei no preparo das comidas de fim de semana, aquelas mais especiais, como o churrasco de ovelha, tapichi (vitela), costela de gado (aquela escolhida, hoje só se come do gado Melore, a boa do RS não se encontra por aqui em Canoas), capincho e muito peixe pescado, limpo, temperado e assado na folha de bananeira.

Na panela eu também me acertava bem em carreteiro, galinha com arroz (aqui eles chamam de galinhada), risoto ou arroz-de-forno. O principal prato de fim de semana era galinha caipira ao molho de ervilha, tendo como acompanhamento vários tipo de massas, como talharim, espagueti, nhoque, entre outras. Os responsáveis pelo sacrifício da ‘penosa’ de fim de semana eram meu irmão e eu, e o processo seguia um ritual: primeiro a mãe escolhia no terreiro uma galinha bem gorda e viçosa. Após era feito o sacrifício que era a quebra do pescoço, depois a galinha era passada em água fervente e nós tirávamos todas as penas e também sapecávamos no fogo para tirar as pequenas penujens que restavam. Quando o prato era ao molho pardo tinha um processo a mais, que era a sangria, pois o molho era feito com o sangue da galinha. Uma das partes preferidas dessa galinhada era as ovas da aves, muito apreciadas e disputadas por todos. Carnaval também me remete a lembrança de sopas, santo remédio para ressaca, principalmente a canja de galinha e era aí que a mãe aproveitava os miúdos da galinha sacrificada, ou das, pois a mãe ia juntando e depois jogava tudo na sopa.

Uma das coisas que mais me marcou na infância também ocorreu em uma quarta-feira de cinzas. Como vocês já sabem, meu pai Seu Vilmar fazia parte dos fuzileiros navais. Após o Carnaval da cidade, lá pelos meus 10 anos de idade, o Zé da Hora, colega e cozinheiro dos fuzileiros, convocou todos na coorporação para uma "lebrada" e eu fui junto no almoço de fim de Carnaval. Zé era um exímio cozinheiro e cada convite para uma dessas comilanças era motivo para todos se reunirem, beberem e saborearem os pratos do ‘chef’.

As lebres seriam servidas ao molho e acompanhadas de massas e saladas, esse tipo de animal tinha muito nos fundos do quartel e, sempre que possível, era saboreado pelos membros da corporação.

Porém, após todos estarem fartos da deliciosa comida, o Zé da Hora bateu naquela imensa panela onde estavam o molho e poucos pedaços que sobraram e anunciou: “queridos colegas, durante o Carnaval me foi dada a missão de acabar com os gatos aqui do grupamento, e foi o que fiz. Porém, para não me sentir culpado pelo extermínio dos bichanos, resolvi fazer essa "lebre" ao molho. Espero que todos tenham feito um bom proveito, mas não se alardem se descobriram que vocês comeram "gatos por lebre".

Das minhas lembranças de Uruguaiana essa é uma das mais marcantes e realmente durante muito tempo não se viu mais gatos no quartel, talvez por medo do Zé da Hora.

Um abraço e bom Carnaval a todos, pois sei que aí só ocorre em março.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Causos



“As Mimosas Borboletas”
e a “Nega Tereza”


Atendendo às pressões de minha colega de profissão, Priscila, diagramadora do Jornal Tribuna, coloquei minhas idéias em ordem e comecei a escrever o artigo deste sábado. Aqui em Canoas, onde resido, o Carnaval começa neste fim de semana e segue até o meio da próxima. Vai ser a maior debandada, mas eu vou ficar por aqui, tenho trabalho, e vou curtir o Carnaval em casa, pela televisão.

Antigamente não era assim, pois aí em Uruguaiana eu e minha turma já teríamos organizado um bloco e com certeza estaríamos em volta com a confecção de fantasias, para poder desfilar na avenida. É verdade, no meu tempo de Carnaval os blocos tinham dia para desfilar. Sem compromisso de concorrer a nada, era só por diversão.

Nós da rua Vasco Alves tínhamos um bloco chamado “As Mimosas Borboletas”, e todos os vizinhos jovens e velhos se organizavam para sair no bloco. Era uma função que tomava conta do bairro. Lembro-me, como se fosse hoje, da última vez que saímos na avenida.
Fomos um sucesso total, todos de maiô rosa e peruca da mesma cor, confeccionadas com fitas para presentes. Ficou uma coisa hilária, e nossa “rainha” era um homem de quase dois metros de altura e magérrimo. O bloco tinha mais ou menos uns trinta componentes. A mais pura alegria do Carnaval.

Outra passagem carnavalesca que me marcou muito era a turma dos fuzileiros navais formada por Zé da Hora (cozinheiro da corporação e que, dizem, gostava de cozinhar gatos e servir aos companheiros de quartel dizendo que era coelhada); o Veludo (grande tocador de cuíca e tamborim); o Queirós; o Juvenal; o Lira e, é claro, o meu pai Seu Vilmar. Esses caras sabiam curtir a data e são eles, talvez, os grandes incentivadores do grande Carnaval de Uruguaiana.

Sem eles, com certeza, nossa cidade não teria sido influenciada pelo estilo grandioso do Carnaval carioca e baiano.
A migração desses ‘estrangeiros’ para prestar serviço militar trouxe junto o espírito do Carnaval para Uruguaiana. Lembro que eles construíam grandes bonecos, que chegavam a cinco ou seis metros de altura. Um deles chamado “Nega Tereza” certa vez encostou em fios da alta tensão e pegou fogo em plena avenida, causando um grande alvoroço.

Chego a ficar emocionado quando falo do Carnaval em Uruguaiana, pois durante muito tempo procurei fazer a mesma coisa aqui em Canoas, mas não deu certo, a cultura daqui é diferente. Falta o ‘espírito’ carnavalesco de Uruguaiana e que foi herdado pelos grandes fuzileiros que um dia fundaram as escolas da cidade, mas principalmente plantaram na fronteira oeste a semente de um Carnaval que não existe em nenhum outro lugar.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Causos

Minha mãe, Dona Ione, e meu pai, Seu Vilmar, carnavalescos natos


“Mas, afinal, e tu, és cova ou Rouxinol??

Por Marco Leite


Sempre fui Cova da Onça, uma das mais tradicionais escolas de samba de Uruguaiana, surgida há mais ou menos uns 50 anos lá pelas bandas da região da baixada, onde fica o Colégio Santana. O nome da Cova, como é chamada pelos simpatizantes, surgiu de um prostíbulo que tinha por lá, e a origem vem do pagamento que era feito na casa de diversão na qual os cliente pagavam com onças, a moeda da época de fundação da querida vermelha e branca.


O grande adversário da Cova da Onça era, na minha época, Os Rouxinóis, também da região da baixada. Esta escola foi fundada pelos fuzileiros navais cariocas e de outras regiões do país que serviam na cidade. Meu pai, Vilmar Damasceno Diniz Leite, fazia parte do grupo dos fuzileiros carnavalescos e era dos Roxinóis, de cores verde e branca. E ele vivia me perguntando volta e meia “mas afinal, e tu, és Cova ou Rouxinol”?


Em minha época tinha também uma pequena escola, e que era querida por todos, O Irapuru, das cores verde e rosa, que lembrava a velha Mangueira carioca, mas pelo que sei essa escola não existe mais.
Durante toda minha juventude ouvia falar que em Uruguaiana se tinha o melhor carnaval do Brasil, um certo exagero, ao meu ver, que considero o do Rio de Janeiro é imbatível.

Mas com a minha mudança para Canoas pude constatar que é realmente disparado o melhor do Rio Grande do Sul. Tanto, que até exportou a festa para o lado da Argentina e que agora conta com o Carnaval também em Paso de Los Libres.


Outra escola que faz sucesso hoje em dia é a Ilha do Marduque,, do bairro com esse apelido, mas cujo nome oficial é bairro Mascarenhas de Morais. Posso garantir para todos que o apelido do bairro foi dado pelo meu pai e um companheiro dele de boteco. Lembro muito bem da novela O Egípcio, que originou o nome Ilha do Marduque. Não conheço a escola da Ilha do Marduque, só sei que falam maravilhas dela. Se eu estivesse por aí ainda certamente teria virado simpatizante, pois me criei no bairro.


Mas o melhor do Carnaval de Uruguaiana não estava na Avenida e, sim, nos “blocos de sujos” e na guerra de bexigas d’água que duravam toda a semana de festa e se espalhavam por toda a cidade. Ainda tinha os bailes de salão do Clube Caixeiral e do Grêmio Tiradentes.

Lembro que nos organizávamos meses para esses momentos, montávamos grupos e planejávamos atacar os redutos inimigos. Era pura diversão e sem a maldade que o Carnaval dos dias de hoje traz. Talvez aí, sim, resida o termo Melhor Carnaval do Brasil, porque nos quesitos diversão sem interesses econômicos e maior espírito carnavalesco só vivenciei em Uruguaiana.

Obrigado a todos e bom Carnaval!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Passo do Mês - Segundo Passo


“Viemos a creditar que um Poder Superior a nós mesmos
poderia devolver-nos a sanidade”

Por Márcio Fuelber

O Segundo Passo vem em nosso auxílio para preencher o espaço deixado pelo álcool e as drogas em nossas vidas, agora que estamos abstinentes. Também enfatiza que não somos nós, em nossa inteligência ou falta da mesma, beleza ou feitura, força ou fraqueza, esperteza ou ingenuidade, e, assim por diante, que teremos condições de sair da enrascada em que nos metemos.

A sugestão é a de que passemos a acreditar que a solução pode vir de algo ou alguém superior a nós com o poder de devolver-nos a sanidade.Duro golpe em nosso orgulho perceber que sozinhos não conseguiremos deter o avanço de nossa adicção e que, em aceitando este passo, também estamos admitindo que nos tornamos insanos. Insanidade por definição para recuperação de alcoolismo ou droga dependência é: “fazer as mesmas coisas, esperando resultados diferentes”. Sanidade por definição para recuperação de alcoolismo ou droga dependência é: “Fazer coisas práticas, esperando resultados práticos”.É sempre bom percebermos que estamos diante de um programa espiritual e não religioso e que, portanto, o importante é mantermos a mente aberta, deixando de lado antigas convicções religiosas da infância ou ativa.

Quando crianças, a maioria de nós cria em um Deus punidor que iria nos castigar se fizéssemos o que os adultos queriam. Quando na juventude, nos revoltamos contra tudo e todos e passamos a agir como se cada um de nós fosse o próprio Deus.
A conseqüência de nossa revolta e afastamento de Deus agora se traduz em vida falida e sem controle, com a droga exercendo o poder sobre nós.O Segundo Passo nos devolve a esperança em dias melhores, posto que quando viemos a creditar passamos a ter a possibilidade de uma luz no final do túnel.

Na caminhada, diante de qualquer dificuldade ou presença de sinal de seqüelas devido ao uso, podemos sempre recorrer ao Segundo Passo a vir a acreditar com mais determinação na ajuda de nosso Ser Superior.Ao elaborar os Passos, as pessoas inspiradas para tal, tiveram esta excelente “sacada” de concepção de um Deus conforme o entendimento de cada um, o que não “engessa” essa proposta de recuperação e não tenta condicionar o dependente a aceitar essa ou aquela crença religiosa. Todos, independente de qualquer situação, podem praticar esse programa.
Dentro do programa estamos livres para determinar a que Poder Superior nos entregaremos para que o mesmo nos ajude. Devemos, porém, buscar Um que “possa devolver-nos a sanidade”.

Diante de tanta flexibilidade de escolha não deveremos ter maiores dificuldades em abrir nossa mente e vir a creditar que um Poder Superior de nosso pessoal entendimento possa nos devolver a sanidade.
Sendo que em um primeiro momento até nosso grupo de mútuo ajuda ou o grupo de companheiros de residência na própria comunidade de recuperação, poderão ser escolhidos e elevados à categoria de Poder Superior a nós mesmos.Afinal, o grupo está em abstinência de álcool e drogas e muitos deles, em muitos momentos, já apresentam sinais de que estão sendo devolvidos à sanidade. Com o tempo e perseverança dentro do programa aprenderemos a reconhecer a presença do próprio Deus agindo em nossa nova vida de recuperação. Muito, muito mais poderia ser meditado sobre esse Passo, mas, a princípio, nos basta vir a acreditar que algo muito mais forte e poderoso do que nós mesmos e as drogas está conosco e pode nos ajudar na árdua tarefa de reaprender a viver novamente.

Um abraço, e mais vinte e quatro horas, só por hoje.

Presença de Deus








Dia 30 de Janeiro, 20h45min, tirei essas fotos da sacada de meu apartemento, em Canoas, Rio Grande do Sul.
Sei que cada um vê o que quer!!! Mas eu senti uma forte presença de Deus!!! Dividi as imagens com alguns amigos da internet e recebi as seguintes mensagens:

Lindo marco, adorei, obrigada, bj, Silvana - Porto Alegre - RS

Oi Marco leite,
Recebi suas fotos tiradas na sacada de sua casa.
Fiquei impressionada, qdo vi, parecia estar vendo Jesus, em outra parecia Nossa Senhora e a outra parecia Nossa Senhora com jesus recem nascido no colo.
Gente, isto só Deus pode fazer, são beñçãos derramadas pode ter certeza.
Boa Noite, muita luz e harmonia no teu lar.
abraços Arlete (mãe Marcelo Guedes) - Porto Alegre - RS

Lampião o negócio não é mole não..........
Gostaria de ter visto uma imagem destas.
Mas tu viu e fotografou, tu merece, é Deus entrando em contato contigo.
Valeu Irmão, torço por ti.
Enquanto a mim passo por provações diárias, mas vai eu e meu "burrico" sempre para frente.
Grande abraço, agora eu entendi
Alex Jefinny - Canoas - RS

Obrigada pelo carinho, amigo gaúcho!
Ontem quando recebi esta imagem por e-mail, não tive a menor dúvida que Deus está pertinho de você a cada dia de sua caminhada.
Obrigada por ter compartilhado esta emoção comigo, viu?
Um suave e sereno dia para você com muita paz em seu coração e muita luz em sua caminhada.
Deus te abençoe.
Com carinho,
Marília Teixeira Martins - Belo Horizonte

Amém
Marcelo Martins - São Paulo

Estimado amigo Marco Leite: Muy bueno e increible. Pero es real. Muchas gracias por compartir las imágenes. Mabel Alvarez - Uruguai